quinta-feira, janeiro 29

O XADREZ NO MUNDO

Com o intuito de divulgar as notícias sobre xadrez no Brasil e no mundo, que são divulgadas pela internet, a Academia de Xadrez encontrou uma excelente materia sobre xadrez pelo mundo.

Um pouco sobre o sucesso deste jogo de origem incerta

Não se sabe se foi inventado no Egito, na China ou na Índia, mas é, com certeza, muito antigo e tem maravilhado muitas pessoas ilustres ao longo da história. Na Grécia antiga, Aristóteles é um bom exemplo; entre os grandes estrategistas, Napoleão Bonaparte dispensa apresentação; entre os cientistas podemos dar como exemplos Oswaldo Cruz e Albert Einstein; escritores como William Shakespeare, Miguel de Cervantes, Cecília Meireles e Machado de Assis também o apreciavam; e assim, revolucionários como Vladimir Lênin e Ernesto Che Guevara;

Arnold Schwarzenegger com Garry Kasparov

governantes como Benjamin Franklin e Fidel Castro; cantores com Sting e Madonna; ou mesmo um pioneiro da arte moderna, como Marcel Duchamp; ou um religioso como Papa João Paulo II. Enfim, a lista é imensa

O xadrez é parte da cultura de toda a humanidade, é universal

O xadrez aparece constantemente em filmes e goza de um status entre as pessoas, mesmo entre aquelas que não sabem jogar.

O xadrez serve de base para vários estudos científicos

Recentemente a revista Scientific American Brasil publicou uma reportagem sobre pesquisas recentes acerca do funcionamento da mente humana e da origem da genialidade.
Edição americana da Scientific American

Nos estudos publicados na revista, o jogo de xadrez serviu de base para psicólogos e outros estudiosos entenderam a mente humana.
Comparavam Grandes Mestres do xadrez aos jogadores comuns, em diversas situações, que envolviam a solução de problemas, a criatividade, a memória e o raciocínio lógico.
Também existem pesquisas comprovando a eficácia da prática do xadrez ao longo da vida, a fim de diminuir consideravelmente a incidência da doença de alzheimer na velhice.

Poderosa ferramenta educacional

No Brasil, o jogo ainda tem muito para se desenvolver, ser melhor entendido e praticado; porém, em muitos países, com sistemas educacionais avançados, já é muito praticado nas escolas. É o caso da França, de Cuba, de Israel, da Argentina, da Rússia, da Espanha, dos Estados Unidos, da Suíça, da Inglaterra, da China, e de outros países. Há estudos mostrando resultados eficazes em todas as áreas do conhecimento após os estudantes iniciarem treinamentos de xadrez.

Segundo uma pesquisa realizada na Suíça, pelo professor Charles Partos, foi verificado que o xadrez ajuda a melhorar a atenção e a concentração, a imaginação e a antecipação, a memória, o espírito de decisão e a coragem, a lógica matemática e o raciocínio analítico e sintético, a criatividade e a inteligência, a organização metódica do estudo e o interesse pelas línguas estrangeiras.
O chamado "xadrez escolar" está presente em quase todos os sistemas educacionais avançados

Alguns estudos apontam a melhoria na auto-estima, outros consideram relevante na formação de pessoas que passaram a evoluir continuamente por si mesmas, isto é, aprenderam a aprender. Os estudos são muitos e variados, mas o que deve ficar claro é a enorme ajuda do xadrez no processo educativo. E educação é um processo para toda a vida, nunca acaba.
Assim, temos todos os motivos para jogar xadrez e muito mais ainda por proporcionar convívio social e fortalecer as amizades. O universo da cultura é ainda mais prazeroso quando se compartilham pensamentos e realizações com outras pessoas.

O xadrez se relaciona com conhecimentos bem diversos

 
Jonh Forbes Nash Jr., matemático da Universidade de Princeton e autor da tese "Non-Cooperative Games" publicada em 1951

Atualmente o interesse por esse jogo milenar vem crescendo entre muitos profissionais, como advogados, administradores, economistas etc. Fato ocorrido depois da evolução da "Teoria dos Jogos" da matemática, cujo mais famoso expoente é Jonh Nash, aquele retratado no filme "Uma Mente Brilhante" e premiado com o Nobel de Economia em 1994. Estes conhecimentos estão relacionados ao planejamento estratégico e o xadrez é uma forma simples de se entender idéias complexas que serão transpostas para situações diversas do mundo real. Originalmente criado como uma metáfora de guerra, o xadrez encontra, atualmente, paralelos mais elevados.

No xadrez, o raciocínio é mais importante que a memória

No xadrez, como na música e na matemática, a ocorrência de gênios precoces é possível, pois, nessas áreas, muitas vezes, o raciocínio e a criatividade são mais importantes que anos de experiências e informações. Como exemplos temos o brasileiro Henrique Mecking, o Mequinho,

Mequinho maravilhou o mundo.
Na foto, aos 7 anos de idade joga contra 20 adultos em uma exibição simultânea

o jovem norueguês Magnus Carlsen, chamado de "Mozart do xadrez" e a húngara Judit Polgar, conhecida como a "princesa do xadrez".

Magnus Carlsen, aos 13 anos, empata com o número 1 do mundo, Garry Kasparov, em 2004

O xadrez depende muito do raciocínio, da capacidade de analisar e de planejar. As informações estão subordinadas ao raciocínio, ou seja, no xadrez ninguém evolui sem um caminho pautado na construção do conhecimento e no reconhecimento das próprias qualidades e dificuldades.

Capa do livro sobre a jogadora Judit Polgar, talento precoce no xadrez

No xadrez todos poderão desenvolver competências e habilidades fundamentais para progredir nos estudos e na futura vida profissional, de forma tranquila e prazerosa, ao mesmo tempo em que se sentem vitoriosos e motivados.

Ao praticar xadrez, entraremos em um fascinante mundo de estratégias muito avançadas. Após uma formação sólida, todos seremos capazes de demonstrar teoremas, de defender pontos de vista e de expressar idéias através do tabuleiro de xadrez. É por isso que o xadrez é classificado por alguns como jogo, por outros como arte e para muitos como ciência. Este é, sem dúvida nenhuma, "o jogo dos reis".

Fonte: http://www.angloguarulhos.com.br/pag_inst.php?id_pagina=4 - Prof. Lourenço

sábado, janeiro 24

A HISTÓRIA DO XADREZ


Antes de falarmos sobre como se joga o xadrez, as peças, as regras, tudo o que envolve este nobre jogo, primeiro temos que saber a sua origem.

Após várias pesquisas realizadas na internet, em livros e artigos publicados, a origem do xadrez é certamente o maior mistério que existe no mundo. Atribui tanto a origem do xadrez ao Rei Salomão quanto aos sábios mandarins contemporâneos de Confúcio. Mas outras pessoas também atribuem a origem do xadrez aos Egípcios.

O documento mais antigo, sobre o jogo de xadrez, é provavelmente a pintura mural na câmara mortuária de Mera, em Sakarah (nos arredores de Gizé - Egito). Ao que parece, essa pintura, que representa duas pessoas jogando xadrez, ou algo semelhante, data de aproximadamente 3000 anos a.C.

Segundo alguns historiadores, que se dedicaram ao assunto, parece que seu berço foi a Índia, aonde teria surgido por volta do século V ou VI de nossa era, derivado de um antiquissimo jogo hindu que é conhecido por "Chaturanga", isto é, 4 lados (figura acima). Daí teria passado à Pérsia aonde foi buscar o mundo islâmico, que por sua vez o transmitira à Europa por duas vias diferentes: Segundo uns, pela invasão muçulmana da Península Ibérica, e segundo outros, durante seu confronto Ocidente-Oriente quando da Primeira Cruzada.

No Brasil, existe desde 1808, quando D. João VI ofereceu a Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, um exemplar do primeiro trabalho impresso sobre a matéria, de autoria de Lucena.

Tal como é jogado atualmente, o xadrez , não há dúvida, é Medieval em seu caráter. Semelha uma guerra convencional e um jogo da corte, conforme pode ser visto pelos nomes e ação das peças. Já foi chamado de Jogo dos Reis e hoje é o Rei dos Jogos. Os peões, pode-se dizer, são os oficiais subalternos, cobrindo e batalhando à frente da cavalaria, dos bispos e personagens da realeza. Os cavalos, bispos, rei e rainha (dama) são auto-explanatórios, enquando as torres ( castelos), representam as fortalezas dos nobres. Se todos esses personagens titulados desapareceram de muitos países do mundo, o xadrez permanece como um jogo de distinção social, capaz de exigir da mente humana o mais elevado esforço ao ponto de já ter sido definido como "a ginástica do espírito".

Durante muito tempo se pensou fosse o xadrez um passatempo somente para as classes privilegiadas, mas agora o jogo é defendido por educadores e filósofos como sendo um excelente exercício para qualquer cabeça. É na verdade difícil jogar bem xadrez, mas é também verdadeiramente fácil aprender os elementos constitutivos do jogo. E quando estes tiverem sido aprendidos, sua prática propiciará mais deleite e satisfação em relação a qualquer jogo conhecido pelo homen.

Fonte: Enciclopédia Barsa e Iniciação ao Xadrez (Flávio de Carvalho Jr.)
Fonte: A Premier of Chess - José Raul Capablanca y Graupera (1935)