terça-feira, dezembro 22

FELIZ NATAL E BOAS FESTAS!

A melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio de nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada na vida.

FELIZ NATAL
e
BOAS FESTAS!

sábado, dezembro 12

JOGO DE XADREZ MELHORA RENDIMENTO DE JOVENS EM ALDEIA INDÍGENA NO PARÁ

Método foi introduzido na tribo em 2008.
Professor percebeu que os jovens apuraram o raciocínio.

A introdução do jogo de xadrez em uma tribo indígena no Pará melhorou de maneira sensível o rendimento das crianças na escola.

O xadrez acabou sendo adotado pelos índios na aldeia dos Tembé, na pequena cidade de Capitão Poço, a 300 km de Belém. Os índios aprenderam um dos jogos mais antigos da humanidade e souberam tirar dele lições, especialmente os jovens e as crianças.

O xadrez foi introduzido na tribo em 2008, pelas mãos do educador Mário Cardozo. Ele dá aulas de esportes em Belém, e percebeu que o jogo dos reis, inventado no século VI, poderia beneficiar também quem não frequenta as escolas convencionais.

“Os indígenas são alunos regulares da Secretaria de Educação. Eles não podem ir à escola, então a escola vai até eles. O xadrez foi feito para todo mundo, para o branco, para o preto, para o índio, para todos”, afirma o educador.

No começo, nem a sombra da mangueira atraía os índios para os tabuleiros. “Eu pensei logo que era um jogo difícil, que eu não ia aprender”, afirma um índio.

Concentração

Mas foi num improvável e deslumbrante cenário que o líder da aldeia, Kokoioxunti Tembé, percebeu que o jogo poderia transformar os jovens da tribo. “Os alunos que começaram a praticar o xadrez tiveram um desempenho melhor em sala de aula”, diz o pajé. “A gente percebeu que a concentração e o raciocínio lógico se tornaram mais apurados, mais afinados. Eles passaram a manifestar mais interesse pelas matérias, matemática, biologia, química, física”, conta o professor de educação física, Tancredo Carvalho de Almeida.

Hoje, quase todos na tribo praticam xadrez. No jogo das 32 peças que se movimentam por 64 casas a sorte não importa. Para jogar bem é preciso utilizar o raciocínio lógico e muita estratégia. E é desse processo que os educadores conseguem tirar proveito. “Nós estamos na terceira avaliação e vamos finalizar agora a quarta. A gente fez a soma de todas as médias de quinta a oitava, e a nossa média, que era de 5,9, aumentou para 7.2”, conta o professor Tancredo.

“Antes eu era afoito, queria acertar tudo chutando. Na matemática, era muito ruim. Agora me considero um bom aluno. E com certeza estou tirando boas notas”, diz o estudante Rodrigo.


FONTE: http://g1.globo.com/

DESIGNER ESPANHOL CRIA JOGO DE XADREZ GIGANTE

Anish Ramakrishnan, de nove anos, empurra peça de jogo de xadrez gigante, criado pelo designer espanhol Jaime Hayon para o Festival de Designer de Londres, no centro da Trafalgar Square, evento que aconteceu no dia 18/09/09. (Foto: Lefteris Pitarakis/AP)

As peças foram expostas em praça de Londres.
Criação de Jaime Hayon faz parte do Festival de Designer de Londres.

FONTE: http://g1.globo.com/

terça-feira, dezembro 8

O XADREZ E A COMPETIÇÃO DOS MERCADOS

Talvez não tenhamos algo tão complexo, com variáveis, riquezas e possibilidades, como um exercício simulador de inteligências, diante das regras e desafios estratégicos propostos num tabuleiro de Xadrez.

O que o torna fascinante é que você exercita sua mente, isoladamente ou em grupos, contra pessoas ou máquinas, onde fica claro que ainda podemos levar vantagem sobre os melhores sistemas desenvolvidos para as nossas próprias substituições.

A lógica é simples, as variáveis, pelas características e complexidade do conjunto do Jogo de Xadrez, permitem sempre a inclusão do até então desconhecido, surpreendendo ou não nossos adversários.

Como na vida atual e real, o Jogo de Xadrez é resultante de uma evolução milenar.

O que de comum relacionamos com o nosso estado das coisas ( quer sejam pessoais, profissionais ou empresariais), é que em ambos os casos (na vida e no jogo) não bastam apenas os registros dos movimentos, mas conhecer e perceber suas variáveis, riquezas e possibilidades, em conjunto com a visão de que o ganhar deve, antes de tudo, significar garantias de se negociar ou mesmo adicionar saídas até então inexploráveis.

Outro ponto comum (jogo e mercado contemporâneo) é o fato de que o Rei tem pouca mobilidade, e quase sempre é defendido pelo conjunto do exército, aonde o integrar é a chave de êxito para os ataques e defesas quando necessários.

Por outro lado verificamos um conjunto quantitativo de peões, que bem conduzidos avançam pelo acreditar nas possibilidades de conquistas, num jogo claro de que comprometimento só existe quando acompanhado de resultados equivalentes, aumento da utilidade, respeito e reconhecimento.

segunda-feira, dezembro 7

POR QUE JOGAR XADREZ?

O Xadrez é o segundo esporte mais praticado no mundo, abaixo apenas do futebol. É um grande impulsionador da imaginação, que também contribui para o desenvolvimento da memória, dacapacidade de concentração e da velocidade de raciocínio. Foi constatado que o Xadrez desempenha um importante papel socializante, por ensinar a lidar com a derrota e com a vitória, mostrando que a derrota não é sinônimo de fracasso nem vitória é sinônimo de sucesso.

O Xadrez é capaz de mostrar as conseqüências de atitudes displicentes, que não tenham sido previamente calculadas e, por conseguinte, estimula o hábito de refletir antes de agir, além de ensinar a arcar com as responsabilidades dos próprios atos.

O Xadrez é uma arte de grande beleza e apresenta imensa riqueza de possibilidades. É um passatempo agradável e instrutivo que entreteve grandes personalidades de nossa história como Napoleão, Einstein, Voltaire, Goethe, Montesquieu, Benjamin Franklin, Victor Hugo, Machado de Assis e Monteiro Lobato – para citar apenas alguns. E hoje é um esporte que pode ser jogado não presencialmente, através de redes de computadores como a Internet, estando o adversário em qualquer lugar do planeta, e por isso o que mais cresce em adeptos, sendo já considerado o esporte do novo milênio.


Se quisermos também uma explicação científica que mostre os benefícios práticos que podem ser alcançados pela prática desse esporte, poderíamos apresentar opiniões e pesquisas de pedagogos, psicólogos, intelectuais e instrutores de xadrez. Resumindo os resultados, conclui-se o Xadrez contribui para o desenvolvimento das faculdades mentais.

Num estudo realizado na ex-Alemanha Oriental, comparando o desenvolvimento de grupos de estudantes de diversas idades, separando-os em dois grupos: os que jogavam e os que não jogavam Xadrez, concluiu-se que:

  • O Xadrez estimula a atividade intelectual e estabiliza a personalidade de crianças e jovens durante seu crescimento. Isso é evidente, sobretudo, na puberdade: crianças que jogam Xadrez apresentam menos crises decorrentes das transformações dessa fase etária do que as que não jogam.
  • O raciocínio lógico e a capacidade de cálculo são estimulados, produzindo excelentes resultados no desempenho escolar, com destaque particularmente notável nos casos da Física e da Matemática.
  • Em aspectos gerais, os alunos que jogam Xadrez apresentam nítida superioridade em força de vontade, tenacidade, memória e concentração.
  • O Xadrez ensina a criança a avaliar as conseqüências dos seus atos, tornando-as mais prudentes e responsáveis.

Também em pesquisas realizadas na Inglaterra, chegou-se à conclusão de que a concentração e a habilidade em formular e posteriormente concretizar planos no tabuleiro contribui significativamente para a tomada de decisões e execução das mesmas no jogo muito mais importante, que é o jogo da vida.

No caso das crianças e jovens, o Xadrez estimula o desenvolvimento intelectual; no caso dos adultos e idosos, o Xadrez contribui preservando por mais tempo a agilidade mental.

Educar o raciocínio

O Xadrez merece crédito, porque ensina às crianças o mais importante na solução de um problema, que é saber olhar e entender a realidade que se apresenta.

E além disso, aprender que as peças no Xadrez não têm valores absolutos, que se deve controlar a posição das demais peças, tanto as próprias quanto as do adversário, para armar uma estratégia. Ter a percepção de flexibilidade e reversibilidade do pensamento que ordena o jogo.

Quantas vezes podemos notar crianças fracassando em matemática, por exemplo, ao não entenderem o que o enunciado do problema lhes diz? Não sabem analisá-lo, aprendem fórmulas de memória; quando encontram textos diferentes não acham a resposta correta.

Deve-se conseguir que as crianças encontrem seu próprio sistema de ação e, para isso, tem-se que evitar, sempre que possível, as soluções mecanizadas.

Assim, na escola secundária, com os dados de um teorema e sua idéia, a demonstração pode ser encontrada pelo aluno, porém, para que isso aconteça, é importante um certo treino na escola fundamental.

Nossa idéia é que em uma época na qual os conhecimentos nos ultrapassam em quantidade e a vida é efêmera, a melhor ferramenta que a criança pode obter em sua escolaridade é um pensamento organizado.

FONTE: http://www.clubedexadrez.com.br/portal/cxtoledo/artigo2.htm

segunda-feira, novembro 30

O JOGO DE XADREZ

Esta obra é para louvar o Jogo de Xadrez como instrumento inegável para a boa formação da juventude. Também uma homenagem para o grande Mestre Poeta Ho, que na sua bela poesia sobre o Jogo de Xadrez, fala que um peão bem colocado vence o jogo, igual na História de Davi e Golias.
O Jogo de Xadrez é muito importante na Educação porque acalma a amplia o universo de raciocínio das pessoas diante das questões o que as leva sempre a encontrar novas respostas para todas as questões permitindo alguma melhora no tratamento com tudo como que evoluindo a cada participação, além de nos passar compromissos com valores morais e dignidade. Tem tudo de bom para a relação humana e deve ser incluído nas atividades diárias.

Por Azuir Filho

O JOGO DE XADREZ

No Jogo há linda História, de razão, sentido e finalidade.
É o saber, tradição e memória, a razão e toda a dignidade.
Sabedoria que é importante, no amor e honra que vai ficar.
O Jogo Xadrez é fascinante, reproduz a vida e todo lutar.

No Jogo de Xadrez esta a Vida, e a sua luta mais danada.
Tem toda gente e cada lida, os importantes e a peãozada.
Todo tempo é emocionante, pois tudo se pode organizar.
O Jogo Xadrez é fascinante, reproduz a vida e todo lutar.


Na vida do Rei o destino, ao morrer o jogo tá terminado.
É um aviso para ter tino, e se vacilou não será perdoado.
A Dama cuida do Rei governante, tem maior movimentar.
O Jogo Xadrez é fascinante, reproduz a vida e todo lutar.

Os Cavalos são poderosos, Grandes forcas para decidir.
São destaques portentosos, faz o forte mais forte se sentir.
Torre a fortaleza representante, nas paralelas a controlar.
O Jogo Xadrez é fascinante, reproduz a vida e todo lutar.


Bispos os Ministros invencíveis, Ministérios fortificados.
Vão fazer coisas incríveis, sempre serão recompensados.
Nas diagonais imperantes, fortes tão grandes no avançar.
O Jogo Xadrez é fascinante, reproduz a vida e todo lutar.

É um Jogo de Inteligência, um jogo do mais Preparado.
De Beleza, Arte e Ciência, de quem pode estar bem ligado.
Há um batalhar constante, com a sabedoria a se destacar.
O Jogo Xadrez é fascinante, reproduz a vida e todo lutar.


Nas peças a representação, do que importa na Sociedade.
Pois tem elite e tem povão, e como será sua continuidade
O Mérito esta no semblante, que revela a alma e o sonhar.
O Jogo Xadrez é fascinante, reproduz a vida e todo lutar.

No Peão esta a simplicidade, a humildes dos sacrificados.
Tem esperança de eternidade, em Jesus e os Crucificados.
O Humilde se faz o gigante, no seu sonho de irmão igualar.
O Jogo Xadrez é fascinante, reproduz a vida e todo lutar.


Há mazelas pra restauração, e há História de Felicidade.
Se Bem colocado um peão, vencer qualquer majestade.
E o Peão neste instante, muda a Sociedade e o caminhar.
O Jogo Xadrez é fascinante, reproduz a vida e todo lutar.


FONTE: http://www.overmundo.com.br/banco/o-jogo-de-xadrez

terça-feira, novembro 24

BENEFÍCIOS DIDÁTICOS DO JOGO DE XADREZ


"Um problema e mil alternativas, eis a visão de um jogador de xadrez..."

Por Alberto Filho [1]

Parece que um dos grandes problemas dos nossos tempos, é a visão quase sempre parcial que temos das coisas à nossa volta. Isso normalmente ocorre porque valorizamos a especialização. Desde cedo somos condicionados a buscar na especialização uma resposta para todos os nossos problemas. Isso limita nossa visão do mundo, uma vez que passamos a ver tudo como fragmentos. É como se olhássemos o mundo de uma janela e a parte visível representasse tudo o que existe. Se emocionalmente reagimos de uma maneira bem peculiar a cada situação, assim como nós, todas as outras pessoas tem seu próprio modo de reagir às mesmas situações. Podemos constatar isso facilmente pela observação dos nossos gostos, particularidades, nossos medos, etc.

Ao visualizarmos as muitas opções, uma delas pode ser adequada ao nosso agir

Um dos grandes desafios do educador, deveria ser o formar alunos dentro de uma filosofia integral. Por integral entendemos, ver o movimento da vida como uma coisa só, não estática, sempre dinâmica, e não como fragmentos, como é a visão especialista. Entendemos que a vida como um todo, retrata todas as faces do ser humano, suas crenças, os medos, os conflitos, as incertezas, a angústia e todo sofrimento ao qual está sujeito; seu funcionamento fisiológico e principalmente psicológico. Não podemos compreender um ente humano a partir de uma parte do seu comportamento, de uma posição social, de uma situação étnica, de uma postura ideológica. Ele é tudo isso e muito mais, mais do que podem perceber nossos sentidos e nossa mente condicionada, e limitada pela especialização. De certo modo somos orientados desde cedo, a seguir uma carreira, a pensar dentro de uma metodologia, dentro de uma doutrina ou conjunto de regras, o que acaba se tornando o nosso mundo. Um mundo privado e cercado pelas muralhas desse conhecimento, que é o nosso saber, e atrás das quais nos escondemos, o que de certa forma nos conforta, pois é um terreno sempre conhecido, mas é como se além daquilo nada mais existisse.

Entender que a vida é dinâmica e está sempre em transformação, que é um mundo onde as alternativas mudam de posição à todo momento, como exige o próprio ir e vir do viver, capacita o estudante a ter uma mente mais flexível, com disposição a se renovar sempre, o que o facultará a acompanhar com mais realismo este incrível movimento. Uma mente flexível, sabe que as alternativas existem, e nunca se contenta com respostas prontas, é por natureza curiosa, está sempre aberta ao que é novo. O raciocínio lógico de algum modo capacita o jovem a pensar logo em alternativas, como possíveis respostas para seus problemas. Essa visão o impede de tomar decisões precipitadas em sua vida adulta, pois saberá que para todo problema, sempre haverá uma solução, e muitas alternativas para se chegar a ela. Uma mente assim é sem dúvida uma mente mais capacitada para lidar com a dinâmica da vida.

Um dos maiores dilemas do ser humano é sentir-se encurralado diante de uma situação. Nesse momento, nossa mente não consegue raciocinar de uma forma lógica, os pensamentos são mais ou menos fixos, ou ficarão girando em torno de uma mesma coisa, normalmente as implicações do problema, como se estivesse presa numa espécie de vácuo mental. Numa condição assim, desaparecem as respostas prontas, como que por encanto não conseguimos vislumbrar alternativas, há como que uma espécie de engasgo temporário, do qual nossa mente não consegue se libertar. Isso acontece na maioria das vezes, devido ao nosso condicionamento rígido que valoriza a visão fragmentária das coisas. Quase nunca somos capazes de ver um problema a partir da sua origem, mas apenas aquilo que se nos apresenta como um. Tentamos solucionar um problema pelos seus efeitos, o que é um grande erro, pois a conseqüência de um problema, pode muito bem ter como origem, outro problema esquecido ou mal resolvido, e assim podemos resolver aquilo que nos parece ser o problema, mas sua origem permanecerá nas sombras.

Essa visão parcial limita nosso pensar, limita nossas ações diante de problemas simples ou complexos. O indivíduo que se especializa numa determinada área do conhecimento, por certo terá uma visão bastante restrita de tudo que não diga respeito aos seus domínios. Isso é muito simples e lógico, mas nunca é tratado como uma das razões da angústia humana. Uma visão parcial, cria um individuo temeroso de tudo que possa encontrar além da sua área de atuação, se sentirá naturalmente inseguro diante de qualquer situação que fuja ao seu controle, terá determinação e dinamismo apenas dentro dos limites do seu saber, o que criará entre ele e o resto do mundo um distanciamento natural. Será por natureza conservador, e sempre dependente de outros para guiar seus passos fora daquilo que conhece; um indivíduo inflexível que dificilmente conseguirá ser feliz diante de uma vida, que está sempre em movimento, sempre a se diversificar, em constante renovação.

Possibilidades múltiplas precisam ser consideradas diante de cada problema. Essa bem que poderia ser a primeira diretriz que deveríamos passar para nossos filhos e alunos. Isso resolveria o problema das verdades únicas que afloram mundo afora. Teríamos um jovem sempre questionador, sempre disposto a aceitar, não apenas porque aquilo lhe é imposto, mas porque assim concluiu, depois de analisar dentre todas as possibilidades, que uma questão pode suscitar. Seguir sem questionar é fácil, é o que quase todos nós fazemos vida afora, mas um indivíduo só se torna questionador, quando sabe que para cada questão há sempre uma solução, dentre as inúmeras possibilidades que pode ter diante de si. Isso quer dizer, que uma mesma questão, apesar de ter apenas uma solução, tem vários caminhos para se chegar a ela, e não um só. Pode parecer simples, mas normalmente diante de um problema, ele emperra porque só conseguimos vislumbrar a solução que o mesmo exige, o caminho para onde o mesmo aponta, e nunca os caminhos alternativos, que também nos conduziriam a essa mesma solução. O caminho único pode limitar nossa ação, mas diante de alternativas acabaremos por encontrar uma sobre a qual possamos agir.

Uma visão mais ampla, quer dizer alguém que seja capaz de enxergar, não apenas o adversário que está diante de si, mas também todo ambiente à sua volta, todos os demais protagonistas que fazem parte da cena, todo o cenário onde se desenvolve a coisa, todas as possíveis saídas. Fitando apenas o adversário, nosso único sentimento será de estar completamente encurralado. A visão geral da situação, o que também inclui o adversário, nos permite fazer uma melhor avaliação do problema, ampliar o espectro de suas conseqüências, nos mostrar as opções das quais podemos dispor para solucioná-lo, e podemos mesmo concluir que, pode nem haver um problema; que o problema exista apenas devido à nossa visão limitada e restrita do mesmo, porque não olhamos o geral, e sim apenas a parte que se nos apresenta, como um suposto problema.

Um jogador de Xadrez, tem diante de si problemas, situações que se apresentam, de um modo inicial, como se não existisse solução. Mas eis que ao erguer sua vista, ele pode vislumbrar mais adiante, ter uma visão geral da coisa. Ao ver o tabuleiro por inteiro, ele pode avaliar melhor o problema que tem diante de si. Vê o problema, vê a origem do mesmo, vê o que tem em mãos para tentar solucioná-lo, pode antever se as soluções que imagina terão o efeito desejado, terá diante de si as conseqüências de cada decisão que resolva tomar. Ele tem uma visão privilegiada da situação por inteiro. Pode reconstituir todos seus passos, que o conduziram até aquele problema, e diante dos fatos, pode finalmente aprender sobre os efeitos de falhas cometidas. Saberá ainda como superar, no futuro ou no agora, cada dificuldade que se apresente diante dele. Para se aprender de forma adequada, a atenção é sem dúvida a qualidade mais importante. O jogo de Xadrez, se propõe a despertar em primeiro lugar, entre seus praticantes, esse essencial estado que é a atenção, o que os tornará observadores qualificados, mais cuidadosos com os detalhes, mais criteriosos e capazes em suas decisões.

Sua visão se renova, seu modo de pensar se amplia, e terá a seu favor dois fatores mais que importantes na solução de qualquer questão da vida; a lógica que o ensinará a sistematizar e organizar uma questão antes de tentar resolvê-la, e a versatilidade de uma mente aberta, que está sempre disposta a experimentar as novas possibilidades, além daquelas já existentes, para solucionar uma mesma questão. Na visão tradicional, temos diante de nós muitas soluções prontas para antigos e novos problemas. Se eles nunca se renovassem seria um mundo perfeito, mas eles mudam de forma, e as antigas soluções estão sempre atrás, se mostram obsoletas, incapazes de por um fim a coisa. Sendo orientado para a partir do todo se chegar à parte, o jovem praticante de Xadrez, desenvolve a capacidade de antecipar situações possíveis de criar problemas. Logo ele se torna mais capaz de solucionar problemas, não apenas os de natureza lógica, mas de qualquer natureza.

Uma mente vigorosa, ativa e cheia de músculos mentais bem desenvolvidos, é o benefício imediato de quem mentalmente articula muitos caminhos e possibilidades para se chegar a um objetivo. É a mesma coisa de um autor de ficção a criar uma trama onde, por exemplo, o personagem principal, ao caminhar por uma estrada cheia de obstáculos, tivesse que tratar cada um, de uma maneira sempre nova, o que não seria possível com uma mentalidade inflexível. Nessa prática, devemos ainda ensinar, que o jogo apesar de ser uma competição, não precisa tornar-se uma disputa, pois não deve existir perdedor ou vencedor, se ambos, jogador e adversário estão aprendendo juntos.


NOTA:
[1] O autor é orientador de educação infantil e adulta, Idealizador e colaborador do Site de Dicas.

FONTE: http://sitededicas.uol.com.br/art_jogo_de_xadrez.htm

segunda-feira, novembro 23

BENEFÍCIOS DO JOGO DE XADREZ

UM JOGO DE PESSOAS INTELIGENTES OU UM JOGO QUE FAZ VOCÊ INTELIGENTE?

Todos reconhecem o Jogo de Xadrez como um ícone intelectual. Mas é que pessoas inteligentes jogam Xadrez... ou é o Xadrez que torna as pessoas mais inteligentes? Xadrez realmente nos ajuda a aprender a pensar.

Aqui estão algumas áreas que têm sido provadas a ser reforçadas através do Jogo de Xadrez:

- O QI

- Memória

- Reconhecimento de padrões

- Habilidades Analíticas

- Paciência

- Compreensão global

Há uma incrível quantidade de informações lá fora que demonstra os muitos benefícios do Jogo de Xadrez.

sexta-feira, novembro 20

XEQUE: UMA ANALOGIA ENTRE XADREZ E ADMINISTRAÇÃO


A vida é uma longa partida de xadrez. Só que na vida, se pode, por vezes, jogar sem mexer em peça alguma. No dia-a-dia, as pessoas que tomam decisões acertadas, aumentam suas chances de sucesso na vida.

A administração, como a conhecemos nos moldes atuais, é fruto de contribuições de várias pessoas das mais diversas áreas e interesses. Uma das áreas que contribuiu enormemente na elaboração de teorias administrativas foram as organizações militares. O milenar jogo de xadrez, que representa uma batalha entre dois exércitos, onde um tenta aprisionar o rei inimigo (xeque-mate), é um jogo de tabuleiro onde se usa de muito raciocínio, análise, intuição no seu praticar. Como as duas áreas, xadrez e administração tem uma influência das guerras.

O Xadrez é um esporte de raciocínio e tomada de decisões. O jogador usa de seu conhecimento sobre o adversário, raciocínio lógico, análise, intuição e até instinto para tomar a decisão de efetuar o lance. Assim como nos negócios e na vida, também age-se de forma muito semelhante.

Os grandes mestres desse jogo estratégico sabem que ele não tem fim. Pode-se inclusive negociar adiamentos ou mesmo empates, pois sempre existirá o dia seguinte para avaliações, reinvenções e acréscimos com novas alternativas de mudanças. O vício dos propósitos do jogo é tão grande e rápido que quando perdemos, voltamos, estudamos, adicionamos e propomos novos desafios.

Ronaldo Fiani (Teoria dos Jogos - 2004) deixa sua impressão de que têm algo em comum entre as negociações internacionais, decisões estratégicas de executivos de empresas e uma partida de Xadrez.

Bruce Pandolfini (Estratégias de Xadrez para Negócios e na Vida - 2001) traça um paralelo entre os pensamentos de um dos mais renomados treinadores de xadrez com os Princípios da Administração Estratégica.

Esse paralelo também se faz presente na obra de Gary Kasparov (Xeque-Mate: a Vida é um Jogo de Xadrez - 2007), um dos maiores estrategistas de todos os tempos e ex-campeão mundial de xadrez, mostra diversos fatores que podem ajudar a tornar as pessoas bem-sucedidas nos negócios e na vida usando-se de conceitos do xadrez.

Na guerra dos mercados, na luta pelo destaque, no fortalecimento das marcas, no recebimento e aceitação dos clientes, vivemos todos os dias uma estratégia de jogo, aonde o critério da vitória nem sempre se encontrará em vencidos ou derrotados, mas na capacidade dos grupos de avaliar os fatos ocorridos para que sejam avançados e desejados.

Xadrez e Adminitração, duas ciências que tem como fundamentos primordiais o Planejamento, Organização, Direção e Controle.

sexta-feira, outubro 23

JOGAR XADREZ EXIGE PREPARO FÍSICO

O objetivo deste texto é apresentar o Xadrez como esporte, mostrar suas particularidades e importância na educação.

Definir o Xadrez é, sem dúvida, um ato complexo, pois o esporte aborda diversas áreas da expressão humana. Muito oportuna foi a colocação do famoso poeta, romancista e cientista alemão GOETHE (1796) onde ele diz "O Xadrez é a ginástica da inteligência".

Xadrez já faz parte do currículo de escolas públicas dos estados de Minas Gerais, Pernambuco, Brasília, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Paraná

Por Nuno Cobra

Aplaudo muito a idéia de ver o jogo de xadrez inserido no currículo escolar em vários estados brasileiros.

O xadrez é realmente um excelente exercício para o cérebro e exige muito das emoções. A pessoa adquire um senso muito prático de organização, concentração e desenvolve de forma muito especial a memória. O xadrez trabalha a imaginação, memorização, planejamento e paciência.

Nas escolas do primeiro mundo, o xadrez já é praticado há décadas, onde os alunos além de todo esse desenvolvimento citado, melhoram muito sua disciplina, relacionamento com as pessoas respeito às leis, às regras...

À primeira vista o xadrez parece ser apenas um esporte que atua sobre o cérebro, mas desempenha uma função muito importante no desenvolvimento do corpo emocional. O que aliás é básico para o desempenho competitivo de um jovem enxadrista.

Esse esporte possui a vantagem de trazer a pessoa para um contato mais próximo consigo mesma, porque mede suas capacidades de maneira muito concreta. Mais do que em qualquer outra modalidade, ela se dará conta da necessidade de alta concentração. Ela perceberá que quando se distrai, acaba fazendo um lance absolutamente errado, que não faria nunca, se estivesse mais concentrada.

O xadrez é um esporte muito amplo, pois o cérebro 'maquina' o tempo todo e assim abre outras áreas de programação mental de raciocínio, ampliando as conexões inter-neurais.

O que pouca gente sabe, é a relação entre o grau de desempenho cardiovascular e a performance competitiva neste esporte, porque todos imaginam que ele exige apenas do cérebro.

É justamente por exigir tanto da mente, das emoções e dos sentidos é que se torna necessária uma grande eficiência cardiovascular para se ter uma boa performance.

Quanto mais alto o nível da competição, mais clara se torna essa relação. Uma bomba ejetora mais plena (o coração) colocará nas células do cérebro uma quantidade maior de oxigênio. Esse cérebro mais oxigenado possibilitará maior eficiência, maior lucidez e, principalmente, maior velocidade do pensamento, de interpretação e reação aos movimentos complexos presentes no xadrez.

Assim quem está pensando em melhorar sua performance neste magnífico esporte, busque de maneira sistemática realizar atividades cardiovasculares (caminhar, correr...) que possam ampliar as possibilidades de oxigenação cerebral.

Na minha juventude eu era bastante apaixonado por esse esporte. Pude assistir embates históricos, principalmente durante a guerra fria onde politicamente o Leste e o Oeste se debatiam pela supremacia intelectual. Na época, ficou muito claro e dito pelos próprios campeões o quanto a sua forma física implicava diretamente na sua performance. Em alguns combates históricos esses campeões declararam enfaticamente a dificuldade que eles encontravam de resistir, dia após dia, ao violento embate e, ao final, acabava superando o adversário aquele com maior capacidade e resistência cardiovascular, que fornecia ao atleta um desempenho na última disputa, parecido com o da primeira. Além do lastro de oxigênio fundamental ao pensamento e aos hormônios estimulantes, havia uma atitude mental positiva que nesse altíssimo nível fazia a diferença.

Hoje o famoso campeão de xadrez russo Garry Kasparov tem que se envolver num expressivo treinamento cardiovascular e muscular localizado para manter a sua forma e continuar tornando-se altamente competitivo.

Em demonstrações com enxadristas brasileiros Kasparov conseguiu performance assustadora, mas sabe que terá poucos anos pela frente, uma vez que o trabalho físico é cada vez mais exigente para manter o nível de competição.

Esta é uma demonstração concreta de quanto o desempenho do corpo físico favorece essa concentração máxima, de não cometer nenhum erro, e o quanto o corpo é dilacerado e agredido nesse nível de competição.


Nuno Cobra é formado pela Escola de Educação Física de São Carlos e pós-graduado pela Universidade de São Paulo. Foi preparador físico de Ayrton Senna, Mika Hakkinen, Rubens Barrichello, Abílio Diniz entre outros. É autor do best-seller A Semente da Vitória.

Fonte: http://www.fexpar.esp.br/Leituras/nunocobra/QualidadedeVida.htm

sexta-feira, setembro 4

HITLER E MADRE TERESA "VIRAM PEÇAS" DE TABULEIRO DE XADREZ

Inspirados pelo jogo de xadrez, artistas famosos criaram tabuleiros e peças inusitadas que ganharam uma exposição no Museu de Arte de Reykjavík, na Islândia.
A exposição 32 peças: a arte do xadrez foi inaugurada esta semana trazendo obras de grandes nomes da arte contemporânea como Damien Hirst, Jake e Dinos Chapman e Rachel Whiteread.
O tabuleiro criado por Hirst explora a obsessão dos humanos pela morte ao reunir frascos de remédio em prata e vidro sobre um tabuleiro espelhado.
Já o italiano Maurizo Cattelan, famoso por sua instalação sobre o papa João Paulo II sendo atingido por um meteorito, criou um tabuleiro com peças que representam "o bem e o mal".
Do lado do mal estão Adolf Hitler e Cruella Cruel (personagem do desenho da Disney Os 101 Dálmatas) opostos por Martin Luther King e madre Teresa de Calcutá, entre outros.
A exposição, em cartaz até abril, comemora a aquisição pelo museu de uma obra de Yoko Ono que exalta o jogo de xadrez.

Confira abaixo algumas dessas peças

O britânico Damien Hirst explorou a obsessão do mundo pela morte e criou um tabuleiro espelhado cujas peças são frascos de remédios ou produtos médicos em vidro ou prata.

Rachel Whiteread construiu sua obra a partir de cópias dos brinquedos de sua casinha de bonecas. De um lado, peças que representam eletrodomésticos, e de outro, móveis e utensílios.

Figuras do "bem e do mal" foram a inspiração para o italiano Maurizo Cattelan criar suas peças. De um lado, está Hitler. Do outro, Martin Luther King e Madre Teresa de Calcutá.

No tabuleiro de Alastair Mackie as peças são cápsulas de insetos. Dentro de metade das peças estão insetos voadores, e da outra metade estão os terrestres, entre eles um escorpião.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/02/090226_xadrezgaleria_fp.shtml

quinta-feira, setembro 3

PENSE COMO UM GRANDE MESTRE

GM ALEXANDER KOTOV (1913-1981)
PENSE COMO UM GRANDE MESTRE


Esta obra literária enxadristica escrita pelo GM Kotov, influenciou a mim e com certeza a muitos enxadristas, ela descreve os métodos empregados pelos principais jogadores relatando o caminho como Botvinnik, Tal, Smyslov, Petrosian, Keres, Bronstein e muitos outros importantes grandes mestres estudaram a teoria e se preparavam para compreender os mistérios da estratégia e da táctica.


Kotov mostra que o progresso no xadrez é resultado de um imenso e duro trabalho em estudos de teoria, com esta obra ele incentiva ao estudioso que se pode chegar a GM com seu próprio esforço, mas com muito trabalho.


Mas a novidade e inovação nesta obra é que Kotov explica um método de se analisar uma posição através de uma sistemática denominada de "árvore de variantes".


A árvore de variantes é uma sistemática para analisar uma determinada posição e desta forma encontrar o melhor lance, e é considerada por muitos como impraticável incluso pelos GM, e é boa para ser usada em treinamentos para desenvolver a capacidade de se analisar, mas de extrema dificuldade e cansativa para ser usada na pratica.


Veja um exemplo do método de "árvore de variantes"


Abaixo transcrevo frases com ensinamentos desta obra escrita por Kotov.

SOBRE ABERTURA

“Penso, que há grandes mestres com um sentido mais prático, que os leva a eleger alguns sistemas de aberturas para o seu repertório e os estudam profundamente, e quase ignoram os outros sistemas em dezenas de outras aberturas.”

“Não podemos pretender conhecer tudo de cada matéria, devido à grande quantidade de informação que existe hoje em dia. Temos que nos limitar a conhecer bem um tema e saber um pouco sobre os outros.”

“A forma mais correta é limitar a nossa opção de estudo a uma seleção de aberturas e saber tudo o que está relacionado às linhas favorecidas por cada um. Esta é a politica de jogadores como Botvinnik, Petrosian, Tal, Spassky ou Korchnoi.”

“O meu jogo de aberturas, consiste em movimentos concretos e variantes agudas, em que as inovações e as refutações se podem encontrar facilmente nas análises fora do tabuleiro. As novidades nestas linhas agudas, podem levar facilmente a uma imediata vitória.”

“Decidi evitar as variantes que tinham sido analisadas profundamente pelos teóricos até 15 a 20 jogadas.Como norma, os meus colegas grandes mestres seguem a mesma política, ainda que alguns gostem de brincar com o fogo e entrem corajosamente nestas linhas.”"Muitos grandes mestres, especialistas em aberturas, tais como Boleslavsky, Bronstein, Geller, Taimanov, Vasiukov ou Furman, são especialistas em linhas forçadas na abertura.”

“O principal problema ao estudar aberturas, é compreender a essência posicional de certas posições chave, como lhes chama Bronstein.”"Uma vez compreendida a essência das posições chave e previstas algumas variantes, estaremos suficientemente preparados para nos enfrentarmos contra mestres de xadrez.”

Fonte: http://xadrezpt.com/blog/2009/08

quinta-feira, janeiro 29

O XADREZ NO MUNDO

Com o intuito de divulgar as notícias sobre xadrez no Brasil e no mundo, que são divulgadas pela internet, a Academia de Xadrez encontrou uma excelente materia sobre xadrez pelo mundo.

Um pouco sobre o sucesso deste jogo de origem incerta

Não se sabe se foi inventado no Egito, na China ou na Índia, mas é, com certeza, muito antigo e tem maravilhado muitas pessoas ilustres ao longo da história. Na Grécia antiga, Aristóteles é um bom exemplo; entre os grandes estrategistas, Napoleão Bonaparte dispensa apresentação; entre os cientistas podemos dar como exemplos Oswaldo Cruz e Albert Einstein; escritores como William Shakespeare, Miguel de Cervantes, Cecília Meireles e Machado de Assis também o apreciavam; e assim, revolucionários como Vladimir Lênin e Ernesto Che Guevara;

Arnold Schwarzenegger com Garry Kasparov

governantes como Benjamin Franklin e Fidel Castro; cantores com Sting e Madonna; ou mesmo um pioneiro da arte moderna, como Marcel Duchamp; ou um religioso como Papa João Paulo II. Enfim, a lista é imensa

O xadrez é parte da cultura de toda a humanidade, é universal

O xadrez aparece constantemente em filmes e goza de um status entre as pessoas, mesmo entre aquelas que não sabem jogar.

O xadrez serve de base para vários estudos científicos

Recentemente a revista Scientific American Brasil publicou uma reportagem sobre pesquisas recentes acerca do funcionamento da mente humana e da origem da genialidade.
Edição americana da Scientific American

Nos estudos publicados na revista, o jogo de xadrez serviu de base para psicólogos e outros estudiosos entenderam a mente humana.
Comparavam Grandes Mestres do xadrez aos jogadores comuns, em diversas situações, que envolviam a solução de problemas, a criatividade, a memória e o raciocínio lógico.
Também existem pesquisas comprovando a eficácia da prática do xadrez ao longo da vida, a fim de diminuir consideravelmente a incidência da doença de alzheimer na velhice.

Poderosa ferramenta educacional

No Brasil, o jogo ainda tem muito para se desenvolver, ser melhor entendido e praticado; porém, em muitos países, com sistemas educacionais avançados, já é muito praticado nas escolas. É o caso da França, de Cuba, de Israel, da Argentina, da Rússia, da Espanha, dos Estados Unidos, da Suíça, da Inglaterra, da China, e de outros países. Há estudos mostrando resultados eficazes em todas as áreas do conhecimento após os estudantes iniciarem treinamentos de xadrez.

Segundo uma pesquisa realizada na Suíça, pelo professor Charles Partos, foi verificado que o xadrez ajuda a melhorar a atenção e a concentração, a imaginação e a antecipação, a memória, o espírito de decisão e a coragem, a lógica matemática e o raciocínio analítico e sintético, a criatividade e a inteligência, a organização metódica do estudo e o interesse pelas línguas estrangeiras.
O chamado "xadrez escolar" está presente em quase todos os sistemas educacionais avançados

Alguns estudos apontam a melhoria na auto-estima, outros consideram relevante na formação de pessoas que passaram a evoluir continuamente por si mesmas, isto é, aprenderam a aprender. Os estudos são muitos e variados, mas o que deve ficar claro é a enorme ajuda do xadrez no processo educativo. E educação é um processo para toda a vida, nunca acaba.
Assim, temos todos os motivos para jogar xadrez e muito mais ainda por proporcionar convívio social e fortalecer as amizades. O universo da cultura é ainda mais prazeroso quando se compartilham pensamentos e realizações com outras pessoas.

O xadrez se relaciona com conhecimentos bem diversos

 
Jonh Forbes Nash Jr., matemático da Universidade de Princeton e autor da tese "Non-Cooperative Games" publicada em 1951

Atualmente o interesse por esse jogo milenar vem crescendo entre muitos profissionais, como advogados, administradores, economistas etc. Fato ocorrido depois da evolução da "Teoria dos Jogos" da matemática, cujo mais famoso expoente é Jonh Nash, aquele retratado no filme "Uma Mente Brilhante" e premiado com o Nobel de Economia em 1994. Estes conhecimentos estão relacionados ao planejamento estratégico e o xadrez é uma forma simples de se entender idéias complexas que serão transpostas para situações diversas do mundo real. Originalmente criado como uma metáfora de guerra, o xadrez encontra, atualmente, paralelos mais elevados.

No xadrez, o raciocínio é mais importante que a memória

No xadrez, como na música e na matemática, a ocorrência de gênios precoces é possível, pois, nessas áreas, muitas vezes, o raciocínio e a criatividade são mais importantes que anos de experiências e informações. Como exemplos temos o brasileiro Henrique Mecking, o Mequinho,

Mequinho maravilhou o mundo.
Na foto, aos 7 anos de idade joga contra 20 adultos em uma exibição simultânea

o jovem norueguês Magnus Carlsen, chamado de "Mozart do xadrez" e a húngara Judit Polgar, conhecida como a "princesa do xadrez".

Magnus Carlsen, aos 13 anos, empata com o número 1 do mundo, Garry Kasparov, em 2004

O xadrez depende muito do raciocínio, da capacidade de analisar e de planejar. As informações estão subordinadas ao raciocínio, ou seja, no xadrez ninguém evolui sem um caminho pautado na construção do conhecimento e no reconhecimento das próprias qualidades e dificuldades.

Capa do livro sobre a jogadora Judit Polgar, talento precoce no xadrez

No xadrez todos poderão desenvolver competências e habilidades fundamentais para progredir nos estudos e na futura vida profissional, de forma tranquila e prazerosa, ao mesmo tempo em que se sentem vitoriosos e motivados.

Ao praticar xadrez, entraremos em um fascinante mundo de estratégias muito avançadas. Após uma formação sólida, todos seremos capazes de demonstrar teoremas, de defender pontos de vista e de expressar idéias através do tabuleiro de xadrez. É por isso que o xadrez é classificado por alguns como jogo, por outros como arte e para muitos como ciência. Este é, sem dúvida nenhuma, "o jogo dos reis".

Fonte: http://www.angloguarulhos.com.br/pag_inst.php?id_pagina=4 - Prof. Lourenço